Renato e Carlos Eduardo Porto
Na década de 50, meu colega de infância Milton
Digiacomo, ganhou uma planta de um aeromodelo de fabricação americana
“o P-40”.
A construção era com varetas de balsa, porque eram movidos com motores a elástico.
Aquilo me despertou o interesse de conseguir mais informações sobre o esporte.
Foi
quando viemos a ter conhecimento, que no estreito, mais precisamente
na Rua Matos Areia, havia uma pessoa chamada Otomar Bohm, de
nacionalidade tcheca, junto com seu filho William Bohm, estavam
confeccionando a madeira, que não era a balsa, mais sim o garapuvú,
fabricando laminas e varetas.
Com denominação ”fábrica de artefatos de madeira willbos” agora localizada na rua Osvaldo Cruz-613 , no estreito.
Exímio desenhista, construtor de maquetes e aeromodelos.
Foi com ele que aprendi a dar os primeiros passos, na construção de aeromodelos.
Ainda
quando, com muito carinho e saudade, a planta do kit “TAYLOR CRAFT”
com a marca willbos, o primeiro aeromodelo que construí para elástico
com 54.
Em
seguida apareceram outros colegas, Carlos Eduardo Porto, Mauro Souza,
Gilsom Stoider, Carlos Bohm, Luiz Artur Cesarino Faraco, e outros.
Começamos
construindo modelos a elástico, planadores, aviões U-control, usando o
campo grande do colégio catarinense, para voar.
Mais tarde, com o conhecimento da casa Aerobrás, passamos a adquirir novos modelos e motores OS E ENYA.
O
primeiro rádio Controle foi adquirido pelo Gilson Stoider,este
equipamento vendido pela Aerobrás, denominado O.S PIXIE , dois canais ,
motor e leme acionado por dois botões, sendo um deles para motor e
outro para leme .
O aeromodelo construído pelo Gilsom Stoider foi um ”Petit Parassol“ com motor Enya 0,9 a glow,de arremesso manual.
Foi o primeiro aeromodelo controlado.
E assim começou a era do Rádio.
Em seguida o Mauro comprou um radio “TESTOR” Pulse proporcional com dois canais, leme e motor.
Os
Aeromodelos nestes dois tipos de equipamento deveriam ter a
característica de um modelo de vôo livre, que iria subir com a
potência do motor depois comandado pelo leme para pousar.
Eu
também comprei um equipamento “TESTOR” e, me diverti muito tempo com
ele, no campo do Campeche, que era o local que todos nós voávamos.
Mais
tarde, mais precisamente em 1972 veio para Florianópolis o engenheiro
Aramis Sabóia da Silveira, para dar inicio a Construção da Ponte
Colombo Sales.
Aramis
foi campeão sul americano de aeromodelo de acrobacia, equipado com um
motor O.S 60 E Rádio Kraft de cinco canais o modelo era o “KAOS 60”.
Foi
com a vinda dele, que começamos a construir novos modelos, e com
outra tecnologia, Pois deu inicio a outra fase no Aeromodelismo de
Florianópolis.
Adquirimos os equipamentos da época e modelos de treinamento, para inicio da nova era do aeromodelismo.
Até meados de 83 não havia mudanças consideráveis no aeromodelismo aqui na Grande Florianópolis
Foi
nesta época que apareceu lá em casa um Menino chamado Sancler, que
queria iniciar no aeromodelismo, Foi como o Inicio do nascimento de um
filho, pois o Garoto Tinha gosto pela coisa e uma enorme paixão pela
aviação, já que seu avô era piloto e ele queria ser aeromodelista a
todo o custo.
Atualmente aquele Garotinho mirrado que apareceu na minha casa há 29 anos
Tornou-se
um Construtor de aeromodelos e hoje é Proprietário de uma fábrica de
aeromodelos elétricos e Glows, Juntamente com sua esposa Michelle
Hoje
eu estou voando os aeromodelos elétricos que aquele garoto que
iniciou o aprendizado comigo Fábrica, e assim é o aeromodelismo, um
ciclo que nunca se acaba e sempre renasce com novas tendências e
tecnologias.
Por Renato Mansur
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